terça-feira, 11 de agosto de 2009

PARABÉNS AOS JURISTAS ADALBERTO E KARINE

Desejo a todos vocês amigos e amigas, colegas de profissão, um excelente dia!!! Parabéns a todos nós pela dedicação e esforço diários na tentativa de prestação dos melhores serviços. Pelo desejo de realização de sonhos, solução de conflitos, de amor ao próximo. Estou certa de que abracei a melhor das profissões e assim creio que todos vocês também com ela se realizam... Por mais que a distância nos impeça de estarmos próximos, trocarmos experiências, quero que saibam, todos, que é um imenso prazer tê-los não só na minha lista de contatos, mas dentro do meu coração. Oro a Deus pela alegria e felicidade de cada um, especialmente hj, nosso dia!!! Parabéns!!!!! Abraços, Karine Dias

11 AGO
Dia do Advogado

Adalberto Targino, procurador do Estado e membro da Academia Internacional de Jurisprudência e Direito Comparado
O 11 de agosto, outrora festejado com pompas que merece pelo seu significado político-social-econômico, é a data comemorativa da criação dos cursos jurídicos no Brasil ou Dia do Advogado.Este dia merece uma reflexão para os que cultivam a memória das idéias libertárias de advogados-jornalistas como Rui Barbosa, Benjamim Constant, Miguel Reale, Sobral Pinto, Clóvis Beviláqua e outros de cuja atuação patriótica e fervorosa imprescindíveis é motivo de orgulho à história épica do nosso passado, que ainda hoje reflete como luz na trilha de nossa gente alquebrada pelos péssimos exemplos de homens públicos que enlameiam os palácios governamentais.O Dia do Advogado transcende, com certeza, o exercício da advocacia, pois além de remeter a formação das cognominadas profissões forenses (advogado, jurista e magistrado) se confunde com a senda gloriosa de notáveis jornalistas, políticos e administradores públicos do País.Sem ufanismo, as marcas do tempo e os calos d\'alma ensinaram-me que não se pode pensar em Nação respeitável sem a existência de grandes juristas-pensadores (não somente processualistas catadores de causas) e, por via de conseqüência, com leis justas e humanas.No entanto, no momento contemporâneo, é necessário repensar o ensino jurídico, porque sem o seu bom funcionamento só teremos advogados enganados pelo falso saber e constituintes ludibriados pela pseudo defesa.Não há como se burilar juristas e elaborar leis inteligentes se o ensino jurídico brasileiro descamba para o burlesco, o folclórico e o ridículo, com as nossas Universidades hoje transformadas em "Fábricas de Diplomas", objetivando regularizar situações funcionais ou satisfazer vaidades escusas ou, ainda, a ganância e mercantilismo de "Comerciantes do Saber", com honrosas exceções, é óbvio. Como se não bastassem os mercenários vendedores de diplomas e os aventureiros compradores destes, o ensino jurídico continua sendo ministrado por meio de árido e fatigante método formalísticos de docentes imobilizados numa posição didática que os mumifica e "petrifica" em desoladora estagnação cultural.A preocupação com a metodologia do ensino jurídico deve ser permanente, pois "é o curso de Direito que forma com exclusividade os profissionais, integrantes de um dos Poderes do Estado (o Judiciário) e trata da matéria-prima de outros poderes (a Lei, para o Legislativo)".O que "qualifica um advogado para ensinar o Direito, não é tão somente a experiência no trabalho, no escritório de advocacia, nem a experiência nos Tribunais ou na argumentação de casos". Não é o tentame, enfim, no uso e manejo da lei, mas o tirocínio na lei de aprendizagem, da didática moderna, da Pedagogia e, porque não dizer; dos bons conhecimentos da Psicologia do Ensino e o máximo de vocação, desprendimento, cultura geral e aptidão para transmitir (uma voz audível), aliados à paciência e ao conteúdo específica e geral bem transmitidos. Caso contrário, os "mestres" não passarão de meros papagaios a vomitar fórmulas e conceitos engolidos e mal digeridos pelos atônitos "acadêmicos".É calamitosa à realidade do ensino jurídico no Brasil. Sob a égide da ganância inescrupulosa e do influxo mercantilista que assola a sociedade atual, os cursos de direito são oferecidos como laranjas ou batatas na feira. As faculdades se multiplicam irresponsavelmente (pagou passou), numa disputa de mercado como "bodegas" da esquina, transformando o estudante em comprador comum, levando-o a crer numa profissão que vai lhe proporcionar salário tentador, prestígio e status social.Como conseqüência, a reprovação nos exames da OAB tem sido, conforme a média nacional, superior a 85%, deixando aniquilados muitos jovens bacharéis, que continuarão desempregados, desolados, à margem da sociedade, com um bonito anel a calejar-lhes o dedo anular, porém, sem esperança de dias melhores.Ante tão grave fato histórico, o Instituto dos Advogados Brasileiros, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério da Educação, os Conselhos Estaduais de Educação, as universidades públicas e algumas particulares responsáveis, devem dar um basta a essa venda nefasta de diplomas, senão, em breve, o Dia do Advogado, que se confunde com a data da fundação do Ensino Jurídico, será comemorado como o dia da saudade dos inefáveis bacharéis que construíram e escreveram a História do Brasil.

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